Governador reconhece que pode pedir ajuda
Pela primeira vez, o governador Raimundo Colombo (PSD) admitiu que pode mudar de opinião e aceitar a oferta da Força Nacional de Segurança (FNS). Ele justificou que, neste momento, a ajuda não seria eficaz porque o trabalho dos agentes deve ter um objetivo específico. Mas acrescentou que se no futuro houver alguma tarefa que se enquadre neste perfil, a parceria será firmada.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que os criminosos fizeram um ataque contra o centro administrativo, prédio que concentra o gabinete do governador, vice-governador e uma série de secretarias de Estado. Um Gol ficou destruído e outro carro foi parcialmente atingido. Ninguém ficou ferido e as chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.
Com as ocorrências registradas nesta manhã na Grande Florianópolis, o incêndio de um ônibus escolar em São Miguel do Oeste, ontem às 3h30min, e o disparo de arma de fogo contra uma viatura do PM no domingo à noite, em Criciúma, já são 91 atentados em 28 cidades catarinenses.
Diante da situação, o governador participou de uma reunião no comando da Polícia Militar (PM) na tarde de ontem. O encontro durou uma hora e contou com a presença do secretário de Segurança Pública, César Grubba, o diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Akira Sato, integrantes do serviço de inteligência e o comandante da PM, coronel Nazareno Marcineiro.
Colombo disse que o pior momento da segunda onda de violência passou. Afirmou que os últimos episódios foram cometidos por vândalos. A respeito do enfrentamento aos novos atentados, garantiu que todo o peso do Estado está sendo usado e que existem progressos na investigação. Mas não deu detalhes, explicando que isso poderia atrapalhar o trabalho.
Texto: Felipe Pereira / Diário Catarinense